Escolas estaduais poderão iniciar
ações de educação integral a partir desta semana
Quarta-feira, 8 de abril de 2015 | 4/08/2015 10:39:00 AM
O
objetivo da atual gestão é melhorar e diversificar cada vez mais as iniciativas
desenvolvidas em escolas que oferecem a educação integral. A ideia é que as
ações sejam construídas coletivamente com os atores que fazem parte do dia a
dia das escolas de modo a fortalecer a iniciativa ao longo dos próximos anos.
A
Secretaria de Estado de Educação pretende ampliar gradativamente o número de
estudantes em turmas de educação integral. Até 2018, a previsão é conseguir
aproximar-se da meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que estipula que 25%
das matrículas da rede pública devem ser feitas em turmas de educação integral.
Na gestão anterior, esse percentual sempre ficou abaixo de 7% e o número de
alunos beneficiados diminuiu, passando de 115 mil alunos em 2012 para 103 mil
em 2014, sendo que 94% do atendimento foram subsidiados pelo Programa Mais
Educação do Governo Federal.
Proposta da
Secretaria é ampliar gradativamente
o número de estudantes em turmas de
educação integral
o número de estudantes em turmas de
educação integral
“Pretendemos
que a proposta vá se construindo ao longo do ano e que, com base nas práticas
que forem se desenvolvendo, nós possamos configurar um programa com a
participação mais efetiva das escolas”, afirmou a subsecretária de
Desenvolvimento da Educação Básica, Augusta Aparecida Neves de Mendonça. A
Secretaria trabalha para criar uma proposta de educação integral não apenas
baseada na ampliação do tempo de permanência na escola, mas no sentido de
ampliar também as possibilidades em relação a espaços e práticas que possam
contribuir com a formação dos estudantes.
A
partir desta semana, as escolas da rede estadual de ensino poderão dar início
às ações de educação integral. Foi publicada no Diário Oficial dos Poderes do
Estado, da última quinta-feira (2/4), a Resolução 2.749/2015, que dispõe sobre
o funcionamento e operacionalização das ações de educação integral nas escolas
estaduais.
A
partir da publicação desse documento, os diretores poderão organizar turmas de
educação integral em suas escolas. Inicialmente, as ações serão desenvolvidas
em 1.279 escolas que, em 2014, participaram do Programa Mais Educação, do
Ministério da Educação (MEC). Novas escolas poderão solicitar a participação ao
longo do ano.
“Estamos
criando possibilidades para que as escolas que não foram atendidas em 2014
possam iniciar suas ações ainda em 2015. Para isso, elas devem enviar a
solicitação para a Secretaria de Educação para análise da proposta. O objetivo
é ampliar, ao longo do ano, o número de estudantes atendidos em relação aos
anos anteriores”, ressalta Augusta Mendonça.
Na
última quarta-feira (1/4), foi realizada uma videoconferência com os diretores
educacionais das Superintendências Regionais de Ensino para apresentação da
iniciativa e para que eles pudessem tirar possíveis dúvidas. As
Superintendências Regionais de Ensino receberão um documento orientador das
ações de educação integral.
Com
as novas ações propostas, além de o estudante ter o acompanhamento pedagógico e
orientação de estudos, ele também participará de atividades que contribuam para
sua formação integral.
As
ações deverão contemplar, no mínimo, quatro dos seguintes eixos formativos:
acompanhamento pedagógico/orientação de estudos (obrigatório); esporte e lazer;
memória, cultura e artes; história das comunidades tradicionais e
sustentabilidade; educação em direitos humanos; promoção da saúde; educação
ambiental, educação econômica, economia solidária e criativa; comunicações usam
de mídias e cultura digital e tecnológica; agro ecologia e iniciação científica.
“O
objetivo é romper com o princípio do atendimento pautado exclusivamente no
reforço escolar e ampliar para eixos formativos que visam à formação integral
dos alunos, conforme prevê o Programa Mais Educação do Ministério da Educação.
Vamos ter uma carga horária voltada para o acompanhamento pedagógico, mas também
para a realização de atividades de esporte e lazer, para a realização de
oficinas com foco nas práticas culturais, entre outras ações. Além disso,
queremos que as atividades sejam desenvolvidas não só por professores, mas
também por agentes culturais e monitores que tenham articulação com a
comunidade escolar”, ressaltou a subsecretária Augusta Mendonça.
Professor
coordenador
Outra
novidade da educação integral em 2015 é que as escolas que atendem a quatro ou
mais turmas em educação integral poderão ter um professor
comunitário/coordenador que será escolhido, entre o grupo de professores/
especialistas da Educação Básica, pela direção da escola e referendado pelo
colegiado escolar.
“Esse
professor vai ser o articulador das ações da escola com a comunidade, buscando
tanto novas práticas que possam contribuir para a formação dos alunos, como
novos espaços que possam existir no território para o desenvolvimento das ações
da educação integral”, explicou Augusta Mendonça.
Além
disso, as escolas deverão solicitar mais um profissional de apoio às
atividades. A cada 50 alunos atendidos na educação integral, cada diretor de
escola deverá acrescentar na tabela da Resolução do Quadro de Pessoal este
número de alunos, o que lhe permitirá um aumento no quantitativo de Auxiliares
de Serviços de Educação Básica (ASB). Esse profissional deverá auxiliar na
alimentação dos estudantes e limpeza e organização dos espaços.
Meta
6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)
das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.
Muito boa Edimeire essa reportagem. É muito importante que haja um aumento no número de crianças matriculadas em escola de educação integral. O mais importante na educação integral que ela visa envolver toda a comunidade, resgatando a cultura familiar e a comunidade local. A educação integral, meta 6 do PNE, deve realmente ser estimulada, pois o aluno passará mais tempo na escola, com atividades diferenciadas, além de promover uma aproximação entre escola, família e comunidade. Parabéns pela escolha da reportagem e meta, o vídeo também é muito enriquecedor em informações.
ResponderExcluirGostei muito da matéria que enfatiza a Meta 6 do PNE que você escolheu para postou em seu blog, pois eu concordo que as crianças tem que ter uma ocupação em seu tempo livre e se for dentro da escola é muito melhor. Como disse a subsecretária, para que este programa funcione precisamos da participação mais efetiva das escolas e sendo uma proposta não apenas baseada na ampliação do tempo que os alunos permaneceram na escola, tem tudo para dar certo, já que o objetivo é também ampliar as possibilidades em relação aos espaços e práticas que irão contribuir na formação das crianças.
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